Friday, July 07, 2006

Eu e o cara












Ontem aconteceu algo engraçado.
Porque eu fico deitada, antes de dormir (esperando o sono, que custa a chegar) imaginando coisas impossíveis, estapafúrdias, como encontrar com o Chico Buarque no meio da rua. Eu olharia para ele e POMBA! Era o Chico. O cara que todo homem quer ser, toda mulher quer ter, alguns homens querem ter também...
Eu desembestei. Falei tudo, do meu amor, da admiração, daqueles olhos verdes (acho até que cantei um bolero). De como eu gostaria que minha filha chamasse Beatriz, ou Bárbara, ou Cecília, ou Helena, ou qualquer outro nome - mesmo absurdo - que ele me falasse na hora.
Falei, falei, falei sem parar.
E então ele, com o dedo indicador, tocou meus lábios:
- Shhhh...agora EU quero te dizer algo.
Céus. Eu esperei a vida toda por isso. E, não sei se por medo de perder a mágica do momento...eu adormeci. Porra, eu dormi na hora em que o Chico Buarque iria me dizer algo, talvez fosse importante, vamos casar, a Marieta nem foi tão importante assim, vou desmarcar o futebol e ficar grudado em você!

Tsc Tsc...

Dormi na hora. No momento em que ele ia me dizer tudo, caí no sono.
E o pior: nem sonhei.

01/06/2006

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