Thursday, May 10, 2007

Diário de um vencido

Sonhos são como deuses:
Quando não se acredita neles,
Deixam de existir.

Lutei por sua alma, mas...
Admito que perdi.

(Paulinho, o Moska, me traduzindo quando nem eu sei que língua eu falo).

Wednesday, May 09, 2007

A Seta e o Alvo

[MOSKA]

Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.

Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.

Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
EU ME OFEREÇO INTEIRO
E VOCÊ SE SATISFAZ COM METADE.

É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

Monday, May 07, 2007

Pascaringundum!

"Faz um bilhete pro governo, Arnesto. Deixa debaixo da porta do presidente, deixa debaixo da porta do Senado, deixa debaixo da porta do contra-senado, dos deputado, dos vereador, deixa debaixo da porta até do banheiro"
(Tom Zé, brinca falando bem sério, e bate papo com o Arnesto, [que nos convidou, nóis fumo má num encontremo ninguém!] na música "A volta do trem das onze".

PS: Na cena, o deputado Josias Quintal (PSB-RJ), exausto do próprio ócio, dorme nos fundões do plenário da Câmara como se desfrutasse da sombra de uma árvore do quintal de casa.(surrupiado do blog do Josias de Souza, da folha online, em 02/08/2006

E assim começa...

...a mais trágica história de amor de todos os tempos:

Two households, both alike in dignity,
In fair Verona, where we lay our scene,
From ancient grudge break to new mutiny,
Where civil blood makes civil hands unclean.

From forth the fatal loins of these two foes
A pair of star-cross'd lovers take their life;
Whose misadventured piteous overthrows
Do with their death bury their parents' strife.

The fearful passage of their death-mark'd love,
And the continuance of their parents' rage,
Which, but their children's end, nought could remove,
Is now the two hours' traffic of our stage;
The which if you with patient ears attend,
What here shall miss, our toil shall strive to mend.


Só porque mês passado comemoramos o aniversário do querido Will, e eu nem coloquei um post-homenagem. E quem sou eu pra falar do cara que ajudou a criar a língua inglesa, que transformou o teatro e certamente mudou milhares de vidas? Deixei pra ele essa tarefa. E com as palavaras dele, a mais bela homenagem. Aqui vai, então.

Viva Shakespeare!

(Fiquei entre o prólogo de Romeu e Julieta e o soneto "Shall I compare thee to a Summer's day", que eu amo e também é bem famoso. Mas, já que Shakespeare é um clássico, optei pelo seu grande clássico).