Tuesday, June 19, 2007

Sobre o rapaz que toca violão


Ele podia ter saído de um quadro de Picasso. A fase azul de Picasso.
Azul é uma palavra interessante. Em inglês, I feel blue, I don't have you, e tudo é tão deprimente. E certamente assim parecia a vida, antes que ela tivesse a sorte de topar com o rapaz de olhos tristes e coração inquieto. Sim, o rapaz que toca violão.
Não que fosse uma topada: o encontro das duas almas foi algo sutil como o esqueleto de uma borboleta, embora o sentimento detonado pela troca de olhares fosse voraz como os movimentos quase que epiléticos de suas asas, tentando sobreviver ao vento que anuncia o início da primavera.
Ele podia ter saído de uma música do Bob Dylan. Olhando bem ele poderia até ser um filho perdido dele, com aqueles cabelos revoltosos e cheios. Mas ela olhava para ele e só imaginava canções de amor com final feliz, daquelas que eles nem costumam ouvir.
Dizia que o beijo dele tinha intenção de orquestra sinfônica, com batidas aceleradas e compassadas, o sobe-e-desce de uma Carmina Burana, todas as estações dentro daquele abraço...mas isso não tem nada a ver com Vivaldi. Estamos falando é do rapaz que toca violão.
Muito poderia ser dito sobre o rapaz que toca violão. Eu poderia dizer que ele toca mais uma meia dúzia de instrumentos, conhece tudo de música, além de cantar de um jeito que estremece a alma e arrepia até o tecido epitelial. Que ele pinta com uma expressividade ímpar. Que ele diverte a moça falando sobre qualquer assunto. Que ele "se veste de um jeito tão lindo que eu só consigo pensar em arrancar sua roupa", como ela me confidencia, num sorriso de criança sapeca.
Eu poderia dizer que desde que ele chegou na vida da moça, o azul do céu não era mais cinza, e se fosse, ela agora adorava a cor do chumbo. E depois da chegada dele, ela olhava para o céu, sorria, e respondia ao insistente chamado do 'blues': "Pode até tentar me derrubar, que eu afirmo, em bom português:
"Comigo está tudo azul, meu senhor. Comigo e com o rapaz. Sim, o rapaz de olhos tristes e coração inquieto, que toca violão. Que pintou minha vida de cores que eu nem sabia que existiam. O rapaz que veio, me deu a mão, e levou com ela todo o resto de mim".

Um texto de nada, só para dizer que do seu lado eu sou alguém tão melhor, que nem eu mesmo me sabia capaz...
FELIZ ANIVERSÁRIO, AMOR DA MINHA VIDA.

Thursday, June 14, 2007

A razão do meu sorriso largo.

[Mila, um pedaço de gente, cercado de amor por todos os lados].


E tem motivo pra sorrir largo, claro que tem.
Três lindos motivos numa simples foto, vejam só. Tá certo que eu sou assim, riso frouxo mesmo. Mas prestem atenção nesta foto, não tinha como ser diferente:
Eu e minhas três formas de amar:

amor que nasceu com ela, dos laços sanguíneos que unem eternamente eu e minha bonequinha Iaiá;
amor de amigo ímpar, amigo que só o Vi sabe ser, construído através dos anos e consolidado no que veio pra ficar;
e amor de homem da sua vida, e quando o Thi me deu a mão, eu sabia que seria assim, pra sempre do lado dele.

E assim eu quero minha vida, do lado deles.

Na foto: Paola [primutcha amada, pra todas as horas], eu [achando que tava na década de 60], Victor [se fazendo de vesguinho] e Thiago [mais conhecido como 'meu namorado só meu nem vem que não tem', beijando meu cucuruto].