Wednesday, August 09, 2006

Parados na estação das flores na alma (Sobre o começo do amor)

E tudo teria início no outono, onde o vento nos sopraria para um lugar só nosso, com um relógio de ponteiros infinitos, alheio ao mundo e sua pressa.

Com o frio do inverno, meu abraço te esquentaria mais do que cinco agasalhos e dois cobertores Parahyba (e sem eles, nunca mais nos atacaria a rinite).

Quando chegasse a primevera, eu seria a tua flor, a única do teu planeta feliz. Te lançaria um olhar convidativo, para que desses um cheiro aqui, no pescoço. Tu tratarias logo de abrir todos os botões que escondem meu peito nú, e me chamaria de "teu lar".

E no verão. No verão eu assopraria tua nuca para espantar o calor. Se não adiantasse, deixaria que derretesses na concha das minhas mãos. E se começasse a escorrer por entre os dedos, eu te beberia, de canudinho.

*E assim, com você sendo parte de mim, passaria o resto da vida. A inventar novas estações, a reinventar um amor (que desabrocha agora).

1 comment:

www.nadialopes.blogger.com.br said...

aiaia, lindo..também achei...e desejo um amor bem assim, gostoso e vivo pra ti, viu!

beijo