Tuesday, November 28, 2006

Sobre a filosofia de meio de semana

Amar o amor.
Suplantar o ser amado pelo desejo de amar. Pois o ser amado muda. É só um alvo, e é alvo móvel.
O sentimento amoroso, esse não. Ele resiste porque é sublime.
E quem sabe responder
Se alguém que ama mais o amor do que o objeto de seu amor
É completamente insensível ou sensível até demais?

Se alguém que, a cada conquista efetuada
Cansa e parte para a próxima.
Morre de amores e depois
Abandona o ser amado.
Ama-o. Deixa-o.

E segue, como quem não quer nada,
Conquistando um novo amor, um alvo diferente, um ser inatingível
(Porque só vale se for assim).

Então ele ama louca e eternamente. Até que, enfim, o ser amado se apaixona, se dá, de corpo e alma, e como todo amante, vive tentando despi-lo de qualquer maneira. Pronto, hora de ir embora.

E uma pessoa assim, é feliz?
E uma pessoa assim, faz feliz?
E uma pessoa assim, é pessoa?

Diria o moço de bom coração, que não suporta a idéia de causar dor (mas ainda assim fica fascinado com o brilho da arte poética):
"Isso não é um homem, é um trovador!"
Com ele está, enfim, a resposta!!!
Quem vive pra amar o amor, não é humano, não é feliz, nem faz feliz.
Mas certamente, é um (grande) poeta.

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