Então ele, que adora as pequeninices...resolveu que iria morar no meu quarto.
- Não preciso de muito espaço, pode ser na estante, no meio dos livros, entre os cds ou na cadeira vermelha com um buraco de cigarro no assento. Pode ser no criado mudo, ao lado do telefone. Ou aqui também, debaixo do edredom rosa. Posso?
Eu pensei um tanto. Não que precisasse decidir se queria ou não. É que eu moro aqui, mas nada disso me pertence. Então falei:
- O único lugar que tenho de verdade é esse aqui, dentro do meu pijama.
E é lá que ele mora agora.